domingo, 3 de novembro de 2013

Conheça as três fases de uma frenagem

Não se trata aqui de explicar todos os detalhes do momento da frenagem de emergência e por isso não importa agora quantos dedos são usados para puxar o manete dianteiro ou qualquer outro detalhe desse tipo. Aqui o importante é como fazer a moto parar no momento e espaço que se apresentam na circunstância de emergência, levando-se em consideração que trata-se de uma técnica de pilotagem defensiva e não esportiva.
Antes de mais nada, é preciso entender uma coisa óbvia, mas que muitos não atentam. Não é o freio que pára a moto, mas o atrito dos pneus com o solo. Os freios param somente as rodas, mas isso não significa que a moto irá parar também.
Nas frenagens o freio dianteiro é o mais preciso e importante. Isso é bem simples de entender, pois se é o atrito do pneu que faz parar a moto, então o maior atrito será sempre do pneu dianteiro, já que o peso do piloto junto com a inércia da moto mais o peso da moto, tudo é transferido sempre para a frente, deixando a traseira mais leve e quase sem atrito. Por isso é que a moto sai de traseira quando se pisa forte no pedal de freio, pois o atrito é pequeno.
Veja o exemplo de uma moto de 1000 cm³, que pesa entre 170 e 185 kg  mais o piloto, equipada com freios ABS, suspensão e pneus perfeitos e bem calibrados, que aciona os freios em pista reta com asfalto bom e seco. No momento em que se usam os dois freios – mais forte na dosagem no freio dianteiro e menos força na dosagem no freio traseiro -, esta moto percorrerá 28 metros até parar! Aí eu pergunto: Sua moto possui freios ABS? As suspensões estão em perfeitas condições? E os pneus estão bons e calibrados corretamente?
Numa moto em situação normal, sem ABS, a sensibilidade do piloto na mão e no pé substituirá o ABS e tentará compensar as más condições de piso e as eventuais imperfeições dos pneus ou da calibragem. Assim, nas frenagens emergenciais, jamais se deve usar a força no freio dianteiro de modo agressivo e repentino. O ideal é dosar a força dos dedos no manete dianteiro de uma forma progressiva e paulatina até chegar o curso total do manete. Claro, a teoria é linda. A maioria dos motociclistas ao fazerem este teste comentam que “dá um medão danado pois parece que a moto vai jogar você de boca no chão ou vai escorregar de frente…”.

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